Memórias 39 Que merda estão querendo para o Brasil ?

19.01.2018

Qual o sentido da liberação do horror da política à contemplação de uma obra de arte? Mas é possível arte no fascismo, ou só confrontos como espetáculos para a mídia sempre conivente? Os políticos conseguem dormir tranquilos com o mal-estar gritante da população empobrecida a pauladas? Vejo-os nas porca imagens televisivas, e não consigo encontrar um só traço humano! Ou seja, querem sim o país, como negação da Democracia, da Liberdade, dos Sonhos e do Prazer! Não consigo entender essa moralidade/imoral dessa elite do poder! Como cineasta felizmente sempre fui um imoral/criativo! Nunca acreditei nas “piedosas máscaras” da fé religiosa. Adorei também sempre o pensamento imoral criativo do Marquês de SADE! Ainda acredito no sexo despudorado e libertário. Isso está vivo em todos os meus filmes como comer, beber e gozar! Nunca suportei moralistas! São obscenos quando pensam, e pior ainda quando falam bostejando medos, proibições e intimidações. Nunca profetizei futuros e amo o tempo presente sem fascismos! É sim o aqui, e agora. E minha única devoção é a presença da beleza/pensada e pesada como defendia Walter Benjamin. Ouvi muita vezes ao longo da vida: – Quer me ver nua? E por livre e espontânea vontade ela se deitava nua a meu lado sem expressão humana alguma. Penso sim na ausência do erotismo e no empobrecimento no mundo da imagem. Ora, que palavras podem ser ditas? Precisava relaxar e não conseguia. Ela colocava seus grandes seios brancos na minha boca arrastando seu corpo sobre o meu. E eu só queria pensar! Pensar na dificuldade de dizer: “não”! Penso em Bataille que diz na sua “História do Olho”: “Toda representação do tédio está para mim, ligada a esse momento e ao cômico obstáculo que é a morte”. E se sabemos que vamos todos morrer, por que a vida não é antagônica a esse estado do fim? Que merda estão querendo para o Brasil? Não anda faltando sabedoria e humanismo a política? Vai-se confiar em quem? Na justiça/injusta de senhores e senhoras corruptas? Onde florescerá a vida e o prazer de viver para todos? Não é um direito da existência? Volto a pensar nas ousadias e criatividades do sexo sem limites. Não como gaiola, mas como superação do bode! O bode/Brasil que anda odiando todo sentimento humano de vida e da PAIXÃO! Como não odiar essa política espetáculo de pequenos homens e mulheres corruptos? Tanta coisa boa por ser vivida e feita, e perde-se tempo com a opacidade dos medíocres! Faz algum sentido para a vida? O sexo criativo, ousado/despudorado não seria mais interessante de ser vivido? (Para Samantha Brasil). Luiz Rosemberg Filho.